Questões e reflexões

Até pouco tempo atrás, o assunto das dietas eram uma pauta muito frequente nas revistas femininas. Com uma abordagem voltada para o "emagrecimento", acabava se alinhando a uma cultura de exaltação sobre o corpo magro e fortalecimento de um padrão de beleza. Abolido de vários editoriais, incluindo a Marie Claire e a Claudia, o assunto passou a ser tratado com mais responsabilidade. Hoje, as pautas sobre alimentação são inclusas nas revistas com um propósito nutricional.

Durante muito tempo, as revistas femininas visivelmente reproduziam padrões de beleza e comportamento entre as mulheres. Por outro lado, essa abordagem resulta em um conteúdo muito nichado e para um público muito específico. Afinal, cada mulher difere uma da outra. Diante dessa situação, as revistas vieram tentando se aproximar mais das leitoras que as consomem e pluralizando seu conteúdo.

Revistas femininas, como Claudia e Marie Claire, seguem um posicionamento de defesa às mulheres há anos. Conforme o tempo foi passando, esses veículos entenderam cada vez mais o poder e a importância de um posicionamento claro sobre essas questões, incluindo o movimento feminista. Acompanhando as revoluções, o movimento feminista é uma grande influência para as revistas até hoje.

As revistas surgiram a partir de um formato: o impresso. Com a internet e as redes sociais, não fazia mais tanto sentido manter a revista física, quando o público migrou para o ambiente digital. Por outro lado, devido à mudança brusca, muitos acreditam que esses veículos vão chegar ao fim fora do papel.

Embora sejam ocasionalmente subestimadas, as revistas femininas vão muito além da superficialidade e marcam o jornalismo como uma fonte importante de informações para as mulheres. As revistas Claudia e Marie Claire são exemplos do impacto de como um veículo com essa abordagem consegue deixar um legado para a liberdade feminina.

Nos anos 80 e 90, o mundo lidou com a epidemia da AIDS. Na época, a revista Claudia fez questão de se posicionar sobre o assunto e compartilhar as informações necessárias com as mulheres brasileiras. Assim, a revista organizou campanhas de conscientização sobre o assunto e foi bastante reconhecida.

Há anos, as revistas femininas ocuparam um papel além de uma fonte de informações para as mulheres, mas uma verdadeira conselheira. Devido a linguagem mais coloquial, as revistas estabeleceram uma forma de se comunicar mais próxima das leitoras. Com a migração dos veículos impressos para o digital, essa relação também foi impactada.